Na reunião do ROTA66 (WWW.TRIBODAILHA.COM/ROTA) do dia 28/08/2009, trabalhamos o tema: “TENTAÇÃO”.
O que é “Tentação”? Os jovens deram diversos significados para o assunto, como por exemplo, a) algo que se sente imensa vontade de fazer, mesmo não devendo fazê-lo; b) tudo que nos afasta dos propósitos de Deus; c) tudo o que nos instiga ao pecado e outros mais.
O desenrolar do tema se deu com os jovens procurando identificar e descrever com denominações o que seria a “tentação” para cada um, as diferenças da palavra “tentação” para homens e para mulheres focaram em atos e/ou sentimentos gritantes, visíveis, notáveis, que logo identificamos como “tentação” e seguramos para não cair, como os 7 pecados capitais, o desejo compulsivo de compras, o desejo sexual ao ver o corpo do sexo oposto, a televisão, entre outros.
Mas há também aquela tentação que nos assola no dia-a-dia e, frequentemente não a percebemos... Ela chega de fininho, vem como quem não quer nada, mascarada de alguma forma e nos pega desprevenidos muitas vezes...
Um belo exemplo: a FOFOCA!
Esta chega como uma notícia, se finge de inocente, às vezes faz de conta que é um alarde de ajuda a alguém e nossa CURIOSIDADE não permite que a enxerguemos em um primeiro momento como o que realmente é. Às vezes ela acontece quando chegamos em algum lugar e perguntamos:
¾ E aí pessoal, o que que tá pegando?
E então, já estamos nela ou, ainda pior, pecamos multiplamente! Por que multiplamente? Porque junto com a fofoca muitas vezes vem a MENTIRA, uma coisa simples, banal, como você dizer: eu não sou assim ou: ¾ Eu não faço isso. ou: ¾ Nossa, que coisa feia, será? ¾ Tem certeza? E vem a DÚVIDA que nada mais é do que a DESCONFIANÇA ou DESCRENÇA em alguém; e, se for um amigo seu? Piora, é TRAIÇÃO e, como admitir ao amigo que estava no meio da FOFOCA? Como falar a verdade? Como sair de uma situação dessa? Você pensa que está ajudando alguém, e acaba prejudicando?
Nem é preciso agravar tanto, seja qual for das tentações acima destacadas ou outras não citadas, mas que todos têm consciência delas, são graves, estejam isoladas ou acompanhadas, e nos deparamos com elas todos os dias, sem perceber. Só levantamos as mãos à cabeça quando já escutamos ou quando abrimos a boca para QUESTIONAR.
Um outro exemplo: o DESAMOR! Quando estamos em algum lugar e, de repente, senta alguém insuportável perto de nós (pode ser um bêbado, um esmoleiro, um irmão imaturo ou alguém cheio de rancor...) e não sabemos como sair dessa situação; tentamos sair de fininho, sem sermos grosseiros, nos coçamos, olhamos em volta buscando uma saída; e chega um ponto que desejamos ao máximo dispensar essa pessoa que ali está. De que forma? Como agir?
Bem, o ponto em que gostaria de chegar é quanto a NÃO TER DÚVIDAS!
Quando Jesus foi TENTADO no deserto Ele não teve dúvidas; Ele tinha CERTEZA do seu propósito e do seu ministério, Ele estava cheio de argumentos que o faziam enfrentar o Diabo e resistir à tentação, Ele não traiu a confiança do Pai, Ele não cedeu às vontades do corpo, ele não duvidou de seus poderes e de seu objetivo; Ele estava convicto do que estava fazendo lá, e com essa certeza, que também podemos chamar de FÉ neste momento que Ele passou, Ele pôde fazer ESCOLHA e escolheu não cair, pois tinha certeza de que Ele podia fazer tudo aquilo, mas fazendo não cumpriria seu grande propósito.
Por isso, creio que o melhor (além de fugir da tentação para não pecar) é ter certezas, e para ter certezas precisamos nos encher de conhecimento, precisamos estudar a Palavra e os ensinamentos, e relembrá-los sempre para que não esqueçamos jamais, ler, reler, refletir, relembrar, meditar, comentar, orar, pensar, proferir, ouvir, ler novamente e, assim, um ciclo constante em um hábito que formará nosso caráter sólido na base dos Mandamentos de Deus.
Precisamos reforçar nossa estrutura com base firme, concreta para não ser arrancada do chão e também flexível para se dobrar frente a uma tempestade e não quebrar. Pois com conhecimento, diminuirão as dúvidas e cairão as nuvens que vagueiam por nossos olhos; reconheceremos a tentação à primeira vista seja ela qual for, banal ou crucial, e saberemos nos esquivar dela com argumentos fortes porque temos o poder da escolha.
Estar em comunhão com Deus é a melhor arma contra a tentação, pois Ele revela as saídas e, se não enxergamos a saída de imediato, Ele permite que o busquemos em oração, em clamor, Ele está ali esperando para ajudar por mais que não percebamos isto; Ele espera que façamos nossa escolha e nos acolhe quando nos dirigimos a Ele.
Fugir da tentação sem Deus nada adianta; ela correrá atrás de você e te abordará outras vezes mais e quantas forem precisas para que você ceda.
A comunhão com Deus através do Espírito Santo é fundamental, neste momento, para que Ele lhe ilumine, lhe mostre saída e lhe dê sabedoria e lhe envie auxílio maior, porque sozinhos somos fracos e passíveis de falhas e, mesmo ao correr, podemos tropeçar se tivermos um pontinho de dúvida.
Paz
Kalinka Izé Silva
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