3 de abr. de 2017

Mudanças

Atendendo o pedido especial de um grande fã
Segue o rabisco, apesar de não ter ficado minimalista ou com lacunas, acho que consegui dar um ar de mistério, kkkkk

Enfim caem as luzes
E não é a penumbra que sobressai
Mas a calmaria
Um quê de mudança
De finzinho
Quando uma pequena queda no chão
Representa o limiar de uma vida
Um voo rasante
Uma sensação de dever cumprido
Assim vai-se indo
Rumo ao novo
Ao incerto
Às vezes é necessário morrer
Para nascer de novo
E não que morrer seja ruim
É um ciclo que se finda
Na esperança da nova alvorada
Esperando novamente o sol surgir no horizonte
Mas ainda haverá de passar pelo frio
Resistir até que volte a ser quente
Nuances em tons marrons, amarelos, vermelhos
Fazem jus à esta etapa
Mas o que realmente pensa esta pequenina que ali se esvai
Dando lugar a outra, suprindo a necessidade do vento soprar-lhe
Vagando sem rumo
Querendo encontrar alguém que não a perca
E assim, será guardada
Em uma lembrança
Uma folha seca marcando a página de um diário qualquer...


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Querido amigo Vitor, não se limite a uma estação, a vida não pode ser decifrada, ela precisa ser vivida, e cada ciclo compõe uma nova história, uma passagem, não tente definir o que não está para ser definido. Algumas coisas são feitas para observar e sentir e não para colocar significados. Assim como o outono que me pediste para poetizar, assim também são as pessoas, feitas de fases, de momentos, de emoções, de pensamentos.. E nem sempre serão uma única coisa, mas tudo depende da percepção e do ângulo observado. Uma mesma situação pode ter vários significados, lembra? Assim como os 4 Evangelhos tratam do mesmo assunto sob óticas diferentes, assim também somos nós, e a escrita sairá conforme o observador da cena.
Boa leitura. E obrigada pelo desafio.

2 comentários:

  1. Tem razão bela, pra que definir? Melhor observar e apreciar, acabei de fazer isso com sua poesia e isso me trouxe ótimas sensações, Ka, parabéns pelo seu talento, pelo seu dom...

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  2. Obrigada Vitor. Mas o talento não é meu, é dom de Deus.

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